O ano era 1944. Carlos que antes morava em Itaperuna - RJ, iria se
mudar para Natividade, RJ. Estava a procura de uma casa e depois de
algumas visitas, encontrou uma que seria ideal para acomodar sua
família. Ao sair da casa, os vizinhos o alertaram de que ela era mal
assombrada pelo espírito do antigo morador conhecido como "Manoel
Açougueiro". Carlos que era metido a valentão ignorou os avisos dos
futuros vizinhos e a família mudou-se na semana seguinte.
Depois de um mês instalados, a mãe e os filhos começaram a ouvir
todas as noites, sem falta, às 22:00 horas em ponto, batidas na porta.
Quando iam atender, não havia ninguém e o portão ficava sempre trancado
com cadeado. Não havia tempo suficiente para alguém bater e pular o muro
sem que ninguém percebesse. Carlos que sempre chegava após às 22:00
horas, não acreditava em tal estória.
Porém um dia, Carlos chegara mais cedo em casa e novamente às 22:00
horas bateram na porta. Carlos correu até a porta e não vendo ninguém
por perto, gritou aos quatro cantos:
- "Manoel, é você? Se for você mesmo, apareça."
Para espanto de todos, nesta noite, à meia-noite o neném acordou
chorando e Carlos ao entrar no quarto viu um cachorro branco dentro do
berço. Ninguém na casa via o tal cachorro, mas Carlos insistia em tentar
bater no cachorro com umcinto e acabava por acertar o bebê.
Apesar de toda a confusão da noite, Carlos ainda duvidava de que
havia um fantasma na casa. No fim de semana, na sexta-feira, Carlos
voltou a gritar aos quatro cantos da casa, fazendo dessa vez, um desafio
ao tal fantasma.
- "Se tiver alguém aqui mesmo, que atire essas almofadas que estão na sala para o outro quarto."
De madrugada o filho mais velho da família, que também se chamava
Carlos, acordou desesperado gritando que alguém havia atirado almofadas
em sua cabeça enquanto dormia.
Carlos no dia seguinte, procurou o Monsenhor que providenciou a
celebração de uma missa em intenção a alma de "Manoel, o Açougueiro".
Desde aquela data, nunca mais ninguém ouviu batidas na porta da casa às
22:00 horas.
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