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terça-feira, 15 de novembro de 2011

O DESENHO DO MEU FILHO - RELATO REAL

Quero pedir desculpas por estar narrando novamente essa experiência que ocorreu com o meu filho. É que no meu primeiro relato tive uma certa dificuldade em me expressar, e agora me sinto mais à vontade para compartilhar melhor com os leitores esse fato que me intrigou muito.
Meu filho nasceu após 7 anos de casamento. Foi um presente que Deus me deu, pois o médico me alertou que dificílmente eu geraria, devido à um problema hormonal muito sério. Lembro-me que, certo dia, numa tristeza muito grande de alma, por ter já perdido a esperança, entrei no meu quarto e numa súplica ardente, implorei ao Senhor que me desse um filho: que a medicina não garantia nada, mas para Ele nada era impossível.
Passado 2 meses, comecei a sentir enjôos e outros sintomas. Fiz o teste: era gravidez. Senti uma explosão de alegria... não estava acreditando. Iniciei o pré-natal. Foi uma gravidez difícil. Tive que ficar os 9 mêses em repouso e no dia 06.03.1989, nascia o nosso amorzinho, cheio de saúde, uma bela criança. Foi uma festa na família! Era o primeiro neto dos meus pais.
Foi crescendo num ambiente cheio de amor e carinho de todos. Lembro-me que quando ele tinha quase um ano e meio, começamos a recortar a cartolina em quadradinhos, e escrevíamos em cada um a letra do abecedário. Colamos na parede e líamos várias vezes as letras, e ele prestava atenção. Depois pedíamos para ele nos mostrar onde estava a letra tal, e todo feliz, apontava o quadradinho certinho, e isso nos divertia.
Foi crescendo, e percebemos nele uma certa aptidão para desenhar. Desenhava do seu jeitinho, pois não tinha ainda a coordenação motora desenvolvida, desenhava tudo o que lhe chamava a atenção. E assim foi se desenvolvendo... Numa rotina normal de uma criança feliz.
Quando chegou na idade de 4 a 5 anos, começamos a perceber uma certa mudança no seu comportamento: acordava assustado à noite, com os olhos arregalados, olhando fixo, para os cantos da parede do seu quarto, quando não, dizia estar vendo coisas. Aqueles seus  desenhos também mudaram: eram desenhos tenebrosos, com garras, que causavam arrepios e aflição quando os víamos. Desconfiei que tinha algo lhe perturbando e comecei a orar para que o Senhor o libertasse daquilo. Isso continuou por um certo tempo.
Comecei a indagar o que poderia estar acontecendo àquela criança! Até que uma noite, me lembro como se fosse hoje: recordo que me levantei da cama, vi o meu esposo dormindo, desci, e percebi que o meu quarto estava todo iluminado, embora soubesse que fosse noite, e as luzes estivessem apagadas. Percebi que uma luz, do lado direito, me acompanhava com uma espécie de clarão. Passei pela sala, que também estava iluminada, e me dirigi ao quarto do meu filho. Fui me aproximando do quarto e parei na porta, na entrada... Olhei para o fundo e vi meu filho deitadinho de lado, dormindo, e uma cena me chama a atenção: vejo um menino sentado ao seu lado, inclinado, sussurrando algo em seu ouvido. Era um menino meio troncudo, com uma cabeça meio grande, bem desproporcional ao seu corpo, embora parecesse um menino, deu uma sensação de ser adulto, não sei bem... Derepente ele parece perceber a minha presença. Vira-se e fixa seus olhos em mim. Meu Deus! Pude sentir em seus olhos todo o ódio e maldade que havia naquele olhar. Fixei meus olhos nele e, embora sentisse toda aquela energia negativa, dentro de mim havia uma paz muito grande. Percebi que aquela luz ainda me acompanhava... À partir daí, não consigo me lembrar de mais nada.
Depois desse acontecimento meu filho nunca mais fez aqueles desenhos, e não acordou mais assustado. Hoje, ainda me pergunto: Naquela noite, o que realmente aconteceu? Será que saí do meu corpo? O que era aquela luz que me acompanhava do meu lado direito? Não tenho respostas para isso.

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