Este
lenda que lhes escrevo hoje, é um de vários que sempre rondam minha
cidade, mas este é especial para mim, pois era e ainda é contado por um
incidente que ocorreu em um campo perto de minha casa antiga.
José Carlos e Ana eram irmãos quando tudo aconteceu. Eram duas
crianças lindas e travessas, sendo José Carlos o mais velho deles.
Um dia, brincando na ruinha, José Carlos e os amigos resolveram se
aventurar dentro da mata. Como Ana era totalmente curiosa, resolveu
seguir o irmão, que de principio brigou com ela dizendo para ela voltar
para casa, mas em alguns minutos já havia se esquecido e ela logo foi
atras.
Na estrada de terra que passava ali pelo campo, foram conversando e combinando um bom lugar para usar como campinho de futebol.
Já passava das 5 da tarde, quando resolveram voltar para casa, pois
como rezava a lenda local, uma alma sem sexo definido saia do tronco da
árvore podre que ficava ao lado da lagoinha ali perto, e assombrava quem
estivesse perto do local. (a lagoinha é um pedaço de terra com nível
mais fundo, que durante as épocas de chuva se torna uma lagoa, pois é
grande o acumulo de água ali). Bem ao lado da lagoinha há uma longa e
grossa árvore velha, que havia sido atingida por um raio, tornando assim
sua casca negra e totalmente oca por dentro, contendo um buraco maior
em sua parte de baixo, parecendo muito com uma porta... É de dar
arrepios.
O clima foi ficando frio, a noite já se aproximava quando os meninos
começaram a caminhar. José Carlos chamou pela irmã para que pudessem ir
juntos, mas nada ouviu. Ficou preocupado e resolveu ficar ali procurando
pela irmã.
Quando os meninos da ruinha chegaram em casa, já era em torno de umas 8 da noite e nem sinal de José Carlos e Ana.
Marcos e Carlos, que eram uns dos amigos, resolveram voltar para a
mata a procura dos garotos, mas quando se aproximavam da lagoinha,
sentiram os ossos gelarem até a espinha, um ar pesado, um silencio
atormentador. Se depararam com estralos de madeira quebrando, e puderam
perceber que o barulho vinha da grande árvore podre. Uma luz cegante os
assustou, e sairam os dois aos gritos e prantos do local.
Chegando outra vez em suas casas, contaram para os pais o que havia acontecido, e também sobre o sumiço dos amigos.
No outro dia uma busca foi feita, procuraram por João e Ana por todo o
campo, por toda cidade, e os encontraram. Estavam debaixo das águas da
lagoinha...ambos afogados...
Dizem que Ana caiu na lagoa, e como não sabia nadar Jose Carlos
resolveu tentar salvá-la, mas de tudo foi em vão. Mas e a luz que os
garotos viram? Como explicar?
Muitos dizem que quando as pessoas tentam nadar neste local, são
puxadas por mãos para o fundo da lagoa. Tudo isso devido a vários
assassinatos e mortes que ocorreram no mesmo local.
Alguns já relataram aparições de crianças, adultos (inclusive eu já relatei uma aparição neste lugar aqui no site, veja aqui meu blog) risos, choros e as vezes até leves iluminações saindo de dentro do buraco da árvore oca.
Este fato foi totalmente verídico, aconteceu a mais de 50 anos em
minha cidade, e lendas são somente lendas, mas no fundo, creio que todas
tem um pouco de verdade.
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