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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Mary Bell: A história de uma psicopata

Vamos mostrar o que é um psicopata e a incrível historia de uma criança que mata dois garotos e hoje é uma pessoa normal, com família, mas vive vigiada.
Psicopatia

Segundo a Wikipédia:

Psicopata, a rigor designa toda pessoa que sofre de doença mental seja neurose ou psicose ou tem personalidade psicopática. Contudo essa última categoria nosológica em especial, dá o nome ao grupo conhecido como sociopatas. Estes por sua vez, na perspectiva psicanalítica são os portadores de neuroses de caráter ou perversões sexuais.

Segundo a teoria pela qual uma pessoa psicopata é uma pessoa perversa, supõe-se que nesta classe de doença, o doente é um sujeito que se mantém a par da realidade, mas que carece de Superego. Isto faz com que a pessoa psicopata possa cometer atos criminosos sem sentir culpa. Não obstante, as pessoas psicopatas têm condutas criminais sem nenhum sentimento de culpa, mantendo plena consciência dos seus crimes ou das suas intenções criminais.

A natureza do superego, enquanto introjeção das regras sociais e as formas de conduta que são apreendidas.

Uma personalidade psicopata não se restringe ao assassino em série. Um psicopata pode ser uma pessoa simpática e de expressões sensatas que, não obstante, não vacila ao cometer um crime quando lhe convém e, tal como explicado acima, fazê-lo sentir culpa pela sua ação. O contexto social em que é interpretado o ato agressivo forma o criminoso ou o justiceiro social, o policial autorizado a cometer crimes (soldado mandado). Contudo na agressividade psicopatológica dos denominados sociopatas há sempre de se identificar as pulsões sádicas que caracterizam o instinto de morte da espécie humana.


Mary Bell



Nascida em 26 de maio de 1957 em Newcastle na Inglaterra, filha de Betty que era uma prostituta e mentalmente perturbada, muito ausente na vida da filha e sempre viajava para Gasglow para fazer o seu trabalho. Mary foi sua primeira filha, que Betty teve aos 17 anos de idade. Não se sabe quem é o pai biológico de Mary, acreditavam ser Billy Bell, um criminoso habitual, preso por assalto à mão armada. Que se casou com Betty algum tempo depois de ter Mary, ele nunca magoou ela e amava-a muito. Alguns familiares de Betty a acusam de ter tentado matar a garota de um modo que parecesse acidentalmente mais que uma vez nos primeiros anos de sua vida e Mary, entre os 4 aos 8 anos, foi abusada sexualmente.

Junto com sua “amiguinha”, Norma Bell (que não era sua parenta), matou Martin Brown asfixiado em 25 de maio de 1968, um dia antes do seu aniversário de 11 anos. A polícia de Newcastle rejeitou o acontecido como uma “brincadeira”. Logo após, em 31 de julho do mesmo ano, Mary foi novamente acusada com sua “amiguinha” de ter matado Brian Howe. Ela usou uma tesoura para cortar pedaços do cabelo de Brian e mutilar seus genitais.

Como as “garotinhas” eram muito jovens e os seus testemunhos não batiam, o que aconteceu nunca foi claro. A morte de Martin Brown foi, inicialmente, um acidente, não havia provas do crime. Eventualmente sua morte estava ligada a de Brian Howe, e em agosto as duas foram acusadas de dois crimes de homicídio culposo e ela também foi acusada de tentar estrangular quatro outras meninas. Foi responsável pela vandalização da enfermaria escolar e de escrever ameaças nas paredes.
Em 17 de dezembro de 1968, Norma foi absolvida, mas Mary continuou com a acusação e condenada por “homicídio involuntário devido à responsabilidade diminuída”. O júri pediu a investigação de psiquiatras para saber se tinha traços de psicopata, foi diagnosticada como “sintomas clássicos de psicopatologia”. E teve uma sentença por período indeterminado.

Desde sua prisão, virou foco de noticias na Inglaterra e também na revista alemã Stern. Sua mãe vendeu várias histórias sobre o caso e muitas vezes passando-se por Mary. Mary Bell ainda foi foco de noticias em setembro de 1979, quando escapou, rapidamente, da prisão. Onde tinha sido presa desde sua transferência do instituto de um jovem infrator à prisão para adultos.
Foi liberada em 1980 tendo ficado 12 anos na prisão, e foi concedido um anonimato para ela recomeçar sua vida, com um novo nome, com sua filha que nasceu em 1984. Por um tempo ela viveu com a filha em Cumberlow em South Norwood (numa casa construída pelo inventor inglês William Stanley). Sua filha não sabia do passado da mãe, até que a localização delas foi encontrada por repórteres e tiveram que fugir deixando tudo para trás. O anonimato de sua filha foi protegido até seus 18 anos, em 21 de maio de 2003, Mary ganhou uma batalha judicial para ter seu próprio anonimato e de sua filha para toda sua vida. Qualquer decisão judicial definitiva para proteger a identidade de alguém é conhecida como “Ordem de Mary Bell”.

Hoje ela é casada, tem sua filha, vive normalmente, porém, monitorada desde sua saída da prisão. O caso de Bell (bem como a James Bulger Murder) foi usado como base para um episódio de Law & Order , em 1999, chamado de Killerz. Hallee Hirsh foi Bell no episodio.

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