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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A Cigana

Estava tirando um cochilo quando alguém tocou nele. Abriu os olhos e se deparou com uma mulher horrenda, cabelos com cachos negros e um olhar tenro. Esquelética, vestia um vestido rodado todo colorido e carregava na boca um enorme cachimbo.
- Então senhor, posso ler sua mão? – perguntou a temível cigana com a voz rouca.
- M-minha mão? – resmungou amedrontado – Não, obrigado!
- Ora não seja tolo! Esta é sua oportunidade, me dê a nota mais alta que tiver em sua carteira e eu lhe digo exatamente a que horas você morrerá hoje – retrucou. Ele sentiu um gelo da cabeça aos pés, um arrepio na espinha. Sentia-se tão perturbado com o que ela acabara de lhe falar que resolveu dispensá-la:
- N-não estou afim de saber nem acredito nessas coisas! P-por favor, retire-se daqui!
- Claro, como desejares! Mas quando me reencontrares será tarde! – após as palavras, ela rodopiou a manta vermelha que estava por sobres seus ombros e, simplesmente, desapareceu.
Alvoroçado debate-se na cama quando acorda e percebe que estava sonhando, um pesadelo terrível. Levantou-se, aprontou-se e saiu na rua para se distrair, foi uma péssima ideia. Ao sair, avista de longe a temível cigana, a mesma de seu sonho. Ela batia de porta em porta e ele sabia que chegaria na sua. Com medo, tranca toda a casa e sai na direção oposta à cigana a fim de ficar bem longe dela.
Estava já a três quarteirões longe de casa, mas a cigana parecia estar lhe seguindo… Lá vinha ela com seu andar tortuoso, mancando. Ele se desespera e começa a correr amedrontado, quanto mais corria mais parecia que ela estava perto, mesmo mancando dava passos largos.
Ainda correndo atravessa a rua sem se preocupar com o trânsito, ouve, de longe, um som de buzina. Foi atropelado por um caminhão que atirou-lhe rodopiando uns 20 metros a frente, a batida foi estrondosa.
Paralisado no meio da rua, consegue avistar o relógio da igreja marcando onze horas e trinta e dois minutos, ouve passos, vira a cabeça e avista a cigana retirando uma nota de cinquenta reais de sua carteira. Ela joga a carteira no chão, põe a nota no bolso, passa por cima do corpo, ajoelha-se e cochicha no ouvido da vítima:
- A hora de sua morte será às onze e trinta e três!
Seus olhos contemplam a mulher indo embora, dizendo de longe:
- Obrigada!

Nunca brinque com coisa seria

Isabela acordou no meio da noite, suada a casa silenciosa, ela morava com sua irmã menor de apenas 7 anos e sua mãe, ambas estavam dormindo, ela estava com frio, mas suava sem parar e decidiu ir para cozinha beber água para se hidratar, levantou da cama e se dirigiu a porta do quarto, mas o seu celular começou a tocar… Aquele horário da madrugada? Quem seria?
Ela pegou o celular, de um modelo já ultrapassado do chão, ao lado de sua cama, e olhou o número, não conhecia… recusou a chamada e aproveitou pra usar o celular para iluminar o caminho, mas novamente antes de chegar na porta, o celular vibrou, ela se assustou, e viu que havia recebido uma sms: “Eu não sairia do quarto se fosse vc, e não ignore minha ligação” E o celular voltou a tocar…
“COMO ASSIM? EU NÃO SAIRIA DO QUARTO? COMO… ” Ela correu pra fechar a cortina da janela. “IDIOTA!” e deixou o celular tocando até q parou e apareceu outra mensagem…
“Eu não estou te vendo pela janela” . Ela começou a ficar assustada, mas sabia q não tinha como ninguém entrar em sua casa, ela morava no 9º andar e a sua mãe sempre verificava a porta antes de dormir, trancando e passando a corrente de proteção, devia ser uma brincadeira, ou coincidência então decidiu ignorar, e continuou andando, com o celular na mão, ABRIU A PORTA DO QUARTO…
Nada acontecera, ela olhou pra trás no corredor e não tinha nada, o celular voltou a tocar, ela pensou em atender mais desistiu, mais uma sms: “Neste caso… Eu não voltaria pro quarto…”
Ela olhou pra janela da sala, e viu q a cortina estava aberta, a pessoa provavelmente viu que ela tinha ido para a sala, mas quem seria o idiota? E como conseguiu seu cel? Será q alguma amiga do colégio que descobriu q ela era sua vizinha e resolver fazer uma brincadeira? Mas aquele número… Enfim, ela continuou ignorando, bebeu água, voltando deu dedo pra janela
E quando se dirigiu pra o corredor uma imagem a assustou, ela viu um vulto entrando no seu quarto rapidamente… ela não tinha animais de estimação… começou a ficar assustada, será q foi só impressão?
O telefone voltou a tocar, ela voltou pra sala e resolveu atender desta vez: “CUIDADO!” foi a unica coisa que a voz disse e logo dps desligou… Ela gelou, pq não foi qualquer voz… foi a voz da mãe dela! MAS OQ?? MINHA MÃE? ELE PEGOU MINHA MÃE?
Ela foi até a cozinha correndo e pegou uma faca, e foi andando até o quarto, a mãe tentou alertá-la mas ela não iria deixar nada acontecer a sua mãe, e então ENTROU NO QUARTO!
A FACA EM PUNHO, OLHOU PARA CAMA E VIU UM VOLUME, A PESSOA ESTAVA TOTALMENTE COBERTA, ELA NÃO PENSOU DUAS VEZES, DESCEU A FACA NA PESSOA, Q SOLTOU UM GRITO… UMA VOZ Q ELA CONHECIA
NÃÃÃÃOOOOOOOOOOOOO MÃE!!!!
A coberta foi puxada a mãe dela estava gritando, com um celular na mão
“AAAAAAI MINHA PERNA”
SANGUE ESCORRENDO…
- MÃE DESCULPA! CADÊ ELE?
- ELE QUEM? AAAAAI SUA IDIOTA! ERA SÓ EU BRINCANDO COM VC! AAAAI TA SANGRANDO, VC PODIA TER ME MATADO
- MAS FOI SEM QUERER MÃE! VOCÊ ME ASSUSTOU! AH MEU DEUS DESCULPA, EU VOU PEGAR UM PANO PRA COLOCAR AE, O CORTE TA MTO FUNDO? AH MEU DEUS! DESCULPA
- CORRE QUE TA SANGRANDO, CARAMBA ISABELA, SÓ QUERIA TE DAR ESSE PRESENTE, UM CELULAR NOVO, O SEU TAVA UMA PORCARIA!
- COMO EU IA ADIVINHA MINHA MÃE? EU ACHEI Q ERA ALGUM BANDIDO SEI LÁ! DESCULPA, AQUI O PANO

PERDIDO NA NOITE DE HALLOWEN

Era noite de Halloweenm a lua cheia brilhava forte no céu. José bateu o copo de pinga com força no balcão e se despediu do atendente gordo que enxugava alguns copos do outro lado. De pé, ele notou que o mundo estava girando incontrolavelmente, o porre do dia havia sido “bão” como gostava de dizer.

Ele saiu do bar e virou à esquerda. Caminhou algumas quadras pelas ruas esburacadas e mal iluminadas quando se viu diante de uma bifurcação. A sua esquerda, uma mata densa e perigosa que tinha uma trilha pequena que o levaria até a fazenda onde trabalhava de peão e morava com sua esposa e filhos. A sua direita uma estrada de chão batido que o levaria ao mesmo destino, mas demoraria uns quinze minutos a mais. Normalmente ele não pensaria duas vezes, iria pela estrada que era segura que o guiaria certamente a sua casa, ele tinha medo não somente de se perder, mas também dos animais famintos que o teriam como presa fácil. Mas naquele dia resolveu ir pela trilha.

“Se eu ficar na trilha eu me não me perco, chego em casa mais cedo para encher de sopapos aquela vadia que se diz minhamuié.” – disse excitado.

O álcool não deixava o medo controlar José que foi caminhando em direção a mata.

Ô seu Zé.” - Escutou o bêbado de longe.

Quando olhou para trás viu um de seus amigos correndo em sua direção. Sem dizer nada ele olhou para o homem que se aproximava.

Ô seu Zé, onde ocê ta indo ?

“Onde ocê pensa seu bocó? Pra casa é craro uai.

“Se eu fosse ocê eu num entrava ai não. Ocê sabe que tem gente que morre ai por essas bandas e gente que desaparece também. 

“Era só o que me faltava, vai te catar, eu quero chegar em casa logo.”

E José seguiu seu caminho ignorando seu amigo que continuou protestando até perceber que não teria nenhum resultado.

A escuridão aumentava a cada passo que ele dava, a mata se fechava ao seu redor e a trilha pouco a pouco desaparecia. José quis voltar, mas quando olhou para trás se deparou com a escuridão. Agora ele já não sabia em que direção tomar ou mesmo em que direção estava. 

“Celeste eu vou te matar sua desgraçada, é tudo culpa sua, eu vou te matar.” – gritou o bêbado culpando sua pobre esposa por seu próprio erro. 

Após o grito a natureza parecia mais viva do que nunca. O barulho de animais, insetos e plantas eram claros agora, pareciam chamar seu nome. José se virava de um lado a outro tentando ver alguma coisa e com medo de ser atacado. Algo se enrolou em sua mão o prendendo em uma árvore e ele gritou novamente, um inseto pousou em seu ouvido e ele ainda gritando deu tapas fortes e descontrolados em sua orelha tentando retirar o bicho que zumbia cada vez mais alto. Agora ele tinha certeza de que estava sendo atacado, sentia que vários insetos subiam por sua perna e muitos outros zumbiam ao seu ouvido. Desesperado ele chorou. 

Para o seu terror passos fortes e altos vinham em sua direção. Seu maior medo havia se tornado realidade e ele seria atacado por um lobo, onça ou qualquer animal feroz e carnívoro que estava pronto para comer uma presa fácil.

“Celeste, eu só queria chegar em casa.” – repetiu o nome da esposa chorando.

“José. É ocê?” – disse uma voz conhecida.

Em um passe de mágica tudo desapareceu, os insetos já não subiam por suas pernas ou zumbiam em seus ouvidos. O que lhe prendia a mão à arvore já não estava lá. A escuridão aos poucos foi dispersando e ele novamente podia ver as silhuetas das plantas e da pessoa que se aproximava.

“Celeste, ainda bem que ocê taaqui. Eu achei que eutavaperdido, minha imaginação estava me pregando uma peça dasboa.”

“Eu escutei seus grito e vim te encontrar. Agora vem, vamo pracasa homi.”

Os dois começaram a andar pela mata. Celeste na frente mostrando o caminho e José seguindo enquanto elogiava a mulher por salva-lo. Ela por sua vez andava rápido e ficou calada a maior parte do tempo somente respondendo com um “uhum” as perguntas do bêbado. 

*****

Enquanto isso, Celeste, a esposa de José, conversava com um amigo de seu marido em sua casa. Ele contava a ela que José havia entrado na mata, estava bêbado e descontrolado. Isso havia mais de uma hora e com certeza ele estava perdido porque o trajeto não demorava mais do que dez minutos. Ela sabia que não havia nada a ser feito a não ser esperar até amanhecer e ir procurá-lo.

Com a mão no rosto Celeste chorou por horas seguidas, apesar de seu marido não ser perfeito ela o amava e seus filhos também. Por isso ela não queria perde-lo.


*****

 Óia, eu sei que eu tava perdido, mas porque tamo demorando tanto? Se eu tava tão longe de casa assim como ocê me escutou?” – questionava o bêbado.

“Estamos chegando, logo logo ocê vai chegar em casa, oia a luz ali.” – respondeu a mulher.

José olhou para frente e viu uma luz branca em meio a vegetação. Afobado ele saiu correndo em direção ao seu destino. Quando ele passou pela ultima árvore ele levou um susto e parou imediatamente com medo de perder sua vida. Por pouco ele não caiu no penhasco a sua frente.

“Sua desgraçada. Ocê ta tentando me mata? – gritou José olhando a mulher que ainda estava caminhando em sua direção.

Celeste não disse nada e continuou caminhando em direção a José que esperava que ela se aproximasse para dar-lhe umas bordoadas. A luz da lua cheia iluminou o rosto daquela que supostamente era sua esposa.

Para o terror de José, quem o guiou para fora da mata não foi sua esposa, mas uma figura que ele não podia imaginar o que era. O rosto lembrava uma cabra misturada com um cavalo com olhos grandes em formato elíptico, mas coberto de escama vermelha. O corpo parecia humano, mas era coberto de pelos negros e brilhantes. No lugar dos pés havia um par de cascos. O ar que antes estava fresco e cheirava a plantas havia se transformado em um ar pesado e denso, o cheiro de enxofre no ar era muito evidente para ser ignorado.

“Vai de reto Sat...” – tentou gritar José.

Com uma velocidade inumana a criatura correu em direção a José. Com um de seus cascos ela bateu no peito do homem que foi arremessado no precipício. O bêbado sentiu o casco bater em seu peito, seus pulmões não obedeceram a ordem de respirar. Seus pés saíram do chão e ele outra vez viu o mundo girar descontroladamente. 

O José girou dezenas de vezes até atingir uma pedra que ficava em baixo do precipício. Seu corpo contorcido ficou estático e seu olhar petrificado. Sangue escorreu por debaixo de seu cadáver manchando a pedra de vermelho. Olhando com deleite lá de cima do precipício estava a criatura. Sorrindo com seus dentes grandes e pontiagudos. Ela diz ao espírito de José que esta sendo carregado por vultos sombrios enquanto se debatia e gritava.

“Não se preocupe, logo logo você vai chegar em casa.”

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O reflexo

Era uma noite muito chuvosa, eu estava sozinha e meus pais só iriam chegar lá pelas 11 da noite. Não sabia o que fazer naquela escuridão, então já que a minha casa era grande, comecei a brincar sozinha. Na verdade, tinha muita imaginação aos 8 anos e toda hora inventava uma coisa divertida pra fazer. Naquela época, tipo uns 5 anos atrás, adorava brinquedos e tudo mais. Já sabia mexer no Notebook da mamãe e não estava de castigo.
Parei de brincar e fui ligar o Note, que na minha sorte estava totalmente carregado. Entrei em sites de Lendas Urbanas, coisas assustadoras, em afins, coisas que poderia ver só pra tentar levar um ‘sustinho’ do nada. A bateria do notebook já estava descarregando e nada da chuva passar. De repente, ouvi minha cachorrinha latir. Achei esquisito porque ela não era de latir, ainda mais dentro de casa do meu lado.
Ali estava eu: no Note, várias velas e minha cachorrinha latindo de 5 em 5 minutos. Estava começando a ter sono e jurava que dormiria ali mesmo, sentada na cadeira em frente da janela, ao lado da cachorrinha latindo sem parar. Apesar de tudo, eu não estava com medo de nada. Não sei como e nem sei de onde ouvi ruídos como se fossem unhas esfregando no quadro branco. Vinha de lá de baixo. Desci as escadas e me deu um frio na barriga. Olhei para a cozinha, pra sala de jantar e pro pátio. Não vi absolutamente nada de anormal. Fiquei olhando por uns 2 minutos, já tinha parado aquele barulho irritante.
Subi novamente e nisso, já tinha perdido totalmente a noção do tempo. Quando me dei conta, a Sarinha, minha cadela, tinha sumido. Achei que ela estava me seguindo quando eu descia e ela tinha ficado por ali mesmo. Nem liguei e ela começou a latir de novo. Jurava que estava vindo de lá de baixo. Quando desci, ela tava lá em cima, disso já sabia por que já naquele momento vinha do meu quarto. Quando cheguei lá, e vi a Sarinha olhando pro espelho e latindo.
Num minusculo momento, não vi nada no espelho. Olhei de novo e parecia que alguém, acho que era uma mulher, tava atrás de mim, eu olhei paralisada pro espelho e do nada, comecei a chorar, sem mover um dedo mindinho. Fechei meus olhos, contei até 10 no meu pensamento, abri meus olhos e a luz já havia voltado e a Sarinha estava dormindo debaixo da minha cama e eu ouvi alguém gritando meu nome. Achava que era a minha mãe que havia chegado, e era mesmo. Nesse instante, eu voltei pro escritório e desliguei o Note e contei pros meus pais, eles não acreditaram e não pudi fazer nada, na época eu era uma pirralha da 4 ª Série e esqueci essa história por um tempinho, até agora.

Lendas urbanas sinistras que vão fazer você tremer [ Parte 1]


Não importa no que você acredite. É possível perceber o medo estampado em seus olhos ao ficar de frente para o sobrenatural. Seu coração dispara, suas mãos começam a tremer e o suor pinga de sua testa. Não há o que fazer, você não tem forças para continuar e, imóvel, apenas espera pelo seu fim.
Lendas urbanas sempre fizeram parte do conhecimento popular. Não importa a cidade em que você more, certamente existe uma história misteriosa contada por algum dos moradores capaz de fazer você passar a noite em claro ou ficar bastante incomodado com os piores pesadelos.
MorradeMedo preparou uma seleção disponibilizada no site Tecmundo com algumas das principais lendas urbanas que já existiram. Mesmo quando não havia internet, elas se propagavam rapidamente e com muita facilidade. Embora pouca coisa tenha sido provada, os mistérios permanecem e há quem diga que tudo isso é verdade. Prepare-se para conhecer alguns dos piores pesadelos de sua vida:
O jogo do copo
Boneco do fofão
Hello Kitty do mal
kombi dos palhaços
Blues da encruzilhada
Lágrimas de sangue
Homem do saco